Perdas financeiras fizeram Rússia se posicionar contra restrições à pesca na região Antártica
Conversas internacionais sobre a definição de reservas marinhas na Antártica não chegaram a nenhum consenso. A Rússia bloqueou as tentativas dos países ocidentais de criar áreas protegidas no Mar Ross e Antártica Oriental, segundo a BBC.
Representantes russos contestaram a base legal para a criação destas reservas, de acordo com organizações presentes nas conversações que são realizadas na Alemanha.
A Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos da Antártica (CCAMLR, na sigla em inglês) é comporta de países com interesse no Oceano Antártico, incluindo a Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, China e Rússia, além de outros membros. Qualquer decisão tomada requer consenso entre as partes.
O encontro em Bremerhaven foi convocado especificamente para tratar das propostas de criação de reservas que poderiam banir a pesca e proteger espécies, como focas e pinguins. Se bem sucedida, os planos poderiam dobrar a área de proteção dos oceanos.
Os representantes já tinham se reunido em Hobart, na Austrália, em outubro, mas não conseguiram um acordo por causa da oposição da China e da Rússia, com o apoio da Ucrânia, que alegou que uma restrição à pesca seria muito onerosa. Como resultado, eles acordaram num novo encontro em julho. Este foi o segundo encontro fora da reunião anual.
Os Estados Unidos e a Nova Zelândia propuseram a criação de uma zona marinha no Mar Ross com o total de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, tornando-a a maior do mundo. Outra proposta, de Austrália, França e União Europeia, criaria áreas protegidas na Antártica Oriental com 1,63 milhões de quilômetros quadrados.
Notícia do site O Globo, acessada através deste link, no dia 17 de Julho de 2013.